Uma das escolas funciona em uma capela reformada por um morador. Em outra escola o telhado corre o risco de desabar.
Na zona rural da cidade de Codó, localizado a 297 Km de São Luís, duas escolas estão com a estrutura física precária e fazendo com que os alunos corram riscos de acidente durante as aulas.
A Escola Municipal Raimundo Paixão, localizada no povoado Oiteiro dos Félix, é uma obra paga pela Prefeitura de Codó e executada com barro, cipó e talo de coco babaçu. O lugar foi construído pelo lavrador Edmilson Almeida, em 2015. Ele contou que fez a obra dessa forma porque foram os únicos materiais fornecidos pela Prefeitura.
“Eu faço, mas se você me der todo o material aqui. Porque aqui não tem. Ela (Prefeitura) trouxe o material e eu fiz. Parece que foi 600 reais que ela (Prefeitura) me pagou”, afirmou o lavrador.
O casebre foi construído sob a promessa de que logo seria construído uma escola de alvenaria no Oiteiro dos Félix, em 2015. Em fevereiro de 2018 mais um ano letivo vai começar e as crianças de quatro povoados da região farão uso do casebre para aprender.
Além da falta de estrutura, o lugar apresenta riscos aos alunos. Ripas no telhado estão infestadas por cupins. Em algumas partes da cobertura não há ripa, o que coloca o telhado sob risco de desabamento.
Os pais dos alunos da escola também temem que os filhos tenham que estudar em uma escola de Santa Velha, a oito quilômetros do povoado. A lavradora Conceição Almeida afirmou que é ruim os filhos estudarem tão longe dos pais.
“Essas crianças não podem sair daqui para Santana Velha, né? Porque tem maiorzinho, tem pequenininho… Eles tem que permanecer aqui porque estão perto das mães. As mães vão pegar, os pais vem pegar, ou manda o filho maior vir pegar…” comentou a lavradora.
Já no povoado Pipiripau do Serra, a 34 km da sede do município de Codó, a Escola São Francisco funciona em uma capela. Foi um morador do povoado quem tirou do próprio bolso o dinheiro para reformar a capela para que as crianças não perdessem o ano letivo de 2017.
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