quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

VEREADOR É DECLARADO ANALFABETO, E SUPLENTE É EMPOSSADO NO PIAUÍ

Assume no lugar de vereador acusado de falsificar documentos
Após decisão da Justiça eleitoral que considerou o vereador de Jatobá do Piauí Agenor Gomes de França (PV) analfabeto e o afastou do cargo, a Câmara Municipal empossou na noite desta quarta-feira (10/01) o suplente Otoniel Luciano da Silva (PDT) como vereador. A posse aconteceu com a presença de apenas quatro parlamentares. O juramento e o discurso do novo vereador foram realizados às escuras devido falta de energia elétrica na cidade.
No discurso de posse, Otoniel Luciano alfinetou o vereador afastado ao se posicionar contra o analfabetismo. “Sou formado em administração e incentivador da educação. Sem o professor não há desenvolvimento. Mas querem de qualquer maneira enfiar de goela abaixo pessoas que não estão capacitadas, não estão alfabetizadas”, afirmou na tribuna da casa.
A mesa diretora do legislativo municipal foi notificada pela 7ª Zona Eleitoral da sentença judicial na manhã desta quarta. “A decisão do juiz saiu ontem, mas nós fomos notificados do afastamento do vereador Agenor já hoje. Então reunimos a Câmara para cumprirmos a decisão e empossar o vereador Otoniel”, esclarece Junior Congo, presidente da Câmara.
Entenda a decisão
O juiz eleitoral de Campo Maior, Litelton Vieira de Oliveira, decidiu impugnar o mandato de Agenor Gomes depois de entender que são falsos os documentos apresentados por ele para comprovar sua escolaridade.
O candidato apresentou uma declaração escolar não reconhecida pela Secretaria Municipal de Educação de Jatobá do Piauí e uma carteira de habilitação (como prova de sua capacidade de escrita e leitura) registrada como sendo do DETRAN do estado de São Paulo. O órgão paulista, porém, afirma que não existe qualquer processo de CNH aberto no nome de Agenor Gomes.
“Julgo procedente a ação, ante a existência de comprovação de prova robusta, cabal da prática de fraude eleitoral, com documentos de escolaridade ideologicamente falsos, que serviram para de base para suprir sua alfabetização e não ser alcançado pela inelegibilidade”, decidiu Litelton Vieira.
Fonte:  Campo Maior em Foco

ALUNOS ESTUDAM EM ESCOLAS PRECÁRIAS NO INTERIOR DO MARANHÃO

Uma das escolas funciona em uma capela reformada por um morador. Em outra escola o telhado corre o risco de desabar.
Na zona rural da cidade de Codó, localizado a 297 Km de São Luís, duas escolas estão com a estrutura física precária e fazendo com que os alunos corram riscos de acidente durante as aulas.
A Escola Municipal Raimundo Paixão, localizada no povoado Oiteiro dos Félix, é uma obra paga pela Prefeitura de Codó e executada com barro, cipó e talo de coco babaçu. O lugar foi construído pelo lavrador Edmilson Almeida, em 2015. Ele contou que fez a obra dessa forma porque foram os únicos materiais fornecidos pela Prefeitura.
“Eu faço, mas se você me der todo o material aqui. Porque aqui não tem. Ela (Prefeitura) trouxe o material e eu fiz. Parece que foi 600 reais que ela (Prefeitura) me pagou”, afirmou o lavrador.
Escola Raimundo Paixão, do município de Codó. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
O casebre foi construído sob a promessa de que logo seria construído uma escola de alvenaria no Oiteiro dos Félix, em 2015. Em fevereiro de 2018 mais um ano letivo vai começar e as crianças de quatro povoados da região farão uso do casebre para aprender.
Além da falta de estrutura, o lugar apresenta riscos aos alunos. Ripas no telhado estão infestadas por cupins. Em algumas partes da cobertura não há ripa, o que coloca o telhado sob risco de desabamento.
Ripas no telhado da Escola Raimundo Paixão estão infestadas por cupins e colocam os alunos em situação de risco. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Ripas no telhado da Escola Raimundo Paixão estão infestadas por cupins e colocam os alunos em situação de risco. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Os pais dos alunos da escola também temem que os filhos tenham que estudar em uma escola de Santa Velha, a oito quilômetros do povoado. A lavradora Conceição Almeida afirmou que é ruim os filhos estudarem tão longe dos pais.
“Essas crianças não podem sair daqui para Santana Velha, né? Porque tem maiorzinho, tem pequenininho… Eles tem que permanecer aqui porque estão perto das mães. As mães vão pegar, os pais vem pegar, ou manda o filho maior vir pegar…” comentou a lavradora.
Já no povoado Pipiripau do Serra, a 34 km da sede do município de Codó, a Escola São Francisco funciona em uma capela. Foi um morador do povoado quem tirou do próprio bolso o dinheiro para reformar a capela para que as crianças não perdessem o ano letivo de 2017.
Escola São Francisco, localizado em Pipiripau da Serra, em Codó. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Escola São Francisco, localizado em Pipiripau da Serra, em Codó. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

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