A TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO FOI SABOTADA
Um ano depois de inaugurada, a transposição do Rio São Francisco sofre com o desligamento de equipamentos, que causa a interrupção do fornecimento de água
A novela envolvendo a transposição do Rio São Francisco não acabou em 2022, com a inauguração, por Jair Bolsonaro, de seu último trecho.
Quase um ano depois de considerada enfim terminada, a obra agora sofre com o desligamento de bombas, o que afeta o fornecimento de água em regiões do sertão nordestino.
Idealizada pela primeira vez em 1840, durante o império, a transposição começou a sair do papel em 2007, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, foi planejada a construção de 699 quilômetros de canais, número que foi temporariamente reduzido para 477 quilômetros no ano seguinte, por força de atrasos e pela pressa do governo petista em tentar entregar a obra até 2012 — o governo de Jair Bolsonaro, a transposição voltou a ter os 699 quilômetros originais.
Segundo o editor-chefe do Alerta Total, Jorge Serrão, que compartilhou a gravação, “vão deixar desligadas as bombas pra estragar as valas que vão trincar com o sol e sem água. Então, vão dizer que precisam consertar”, supostamente para dar dinheiro aos caminhões pipas.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional informou que o trecho mostrado no vídeo é referente à estrutura inicial do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), localizado no município de Jati (CE).
“Desde 26/11/2022, não há liberação de água por esse canal. A entrega de água na região ocorre apenas sob demanda da operadora estadual do Ceará, de acordo com o Plano de Gestão Empresarial da Companhia”, disse a pasta.
Em nota, o ministério também afirmou que “os conjuntos de motobombas da Estação EBI-3, do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), tiveram as atividades interrompidas para a realização de manutenção corretiva dos equipamentos.”
Segundo a pasta, as bombas vinham apresentando problemas desde setembro de 2022, quando houve paralisação dos conjuntos.
“Mesmo com a parada, os reservatórios do PISF apresentam capacidade para manter o abastecimento nas regiões atendidas”, acrescentou o ministério.
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