segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Segunda criança envenenada em Parnaíba deixa UTI, mas segue em estado grave.

Ulisses Gabriel Silva, de 8 anos, que estava internado na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), foi transferido para a ala clínica da mesma unidade. Ele foi hospitalizado em estado grave no dia 22 de agosto, após ter sido envenenado por uma vizinha, em Parnaíba. Seu irmão, João Miguel Silva, de 7 anos, não sobreviveu e faleceu em 28 de agosto, cinco dias após ser internado.

Os médicos afirmaram que Ulisses sofreu danos neurológicos, embora ainda não se saiba se serão permanentes. Por conta disso, não há previsão de alta. O menino foi transferido ao HUT após consumir alimentos envenenados pela vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, que foi presa em flagrante após o ocorrido.

João Miguel, irmão mais novo de Ulisses, também foi levado ao hospital em estado crítico, mas não resistiu. O hospital chegou a abrir um protocolo de morte encefálica antes de confirmar o falecimento.

De acordo com a mãe dos garotos, ambos começaram a passar mal após comerem cajus oferecidos pela suspeita. Além disso, a mãe relatou que animais de estimação da família também foram envenenados. O caso gerou comoção entre os moradores de Parnaíba, e a casa de Lucélia foi incendiada em um ato de revolta. Testemunhas relataram que a suspeita tinha histórico de comportamento agressivo, como jogar pedras e água quente em crianças.

Lucélia nega envenenamento

Idosa é presa em Parnaíba.Foto: Reprodução.



Em depoimento à polícia, Lucélia negou envolvimento no envenenamento dos meninos. Segundo ela, o veneno encontrado em sua casa pertencia a seu irmão, que supostamente havia pensado em se suicidar, mas mudou de ideia, deixando o veneno no local. A mulher afirmou que o produto era utilizado apenas para matar insetos, como baratas e ratos, e não tinha a intenção de ferir ninguém.

Lucélia também acusou a mãe das crianças de inventar a história como parte de uma rixa pessoal: "Estão me acusando porque não gostam de mim", declarou.

Mesmo com sua versão dos fatos, a justiça converteu a prisão em flagrante de Lucélia para preventiva, com base em evidências suficientes de sua autoria no crime. Moradores do bairro relataram que a mulher tinha um comportamento perturbador, inclusive com registros de agressões a outras crianças.

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