sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Polícia aguarda laudo para confirmar se suspeito também comeu arroz envenenado; caso dos cajus é reaberto com novo delegado


Delegado Abimael Silva (centro) vai assumir investigação sobre crianças que morreram envenenadas em 2024. Foto: Reprodução


A Polícia Civil do Piauí aguarda o resultado de exames periciais para avançar na investigação sobre o envenenamento coletivo na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Quatro pessoas morreram e uma criança segue hospitalizada em estado grave após ingerirem arroz com terbufós, substância encontrada em veneno para ratos. Ao Cidadeverde.com, o delegado Abimael Silva, que preside o inquérito policial, revelou que aguarda o resultado de exames periciais para confirmar a quantidade exata de vítimas e saber se o principal suspeito do crime, Francisco de Assis Pereira, de 53 anos, que está preso, também ingeriu a comida envenenada.


Em depoimento, o suspeito teria dito à polícia que ingeriu praticamente todo o almoço, versão que será confrontada com os laudos. No dia do crime, 01 de janeiro, nove pessoas teriam passado mal com suspeita de envenenamento, mas a Polícia Civil também a aguarda os exames periciais para confirmar o número exato de vítimas contaminadas.


Francisco de Assis foi preso suspeito de envenenar a comida da família em 1º de janeiro. Foto: Reprodução


Ao ser preso, Francisco de Assis Pereira negou ter colocado veneno na comida da família. Contudo, além de depoimentos contraditórios, há informações de que ele teria orientado requentar o arroz e teve acesso à panela.


A relação entre o suspeito e as vítimas, principalmente com a enteada Francisca Maria da Silva, era conturbada. Em coletiva de imprensa, o delegado informou que o investigado atribuía aos enteados características como “preguiçosos” e “sem higiene”.


Das 11 pessoas que moravam na residência, só Francisco de Assis e a esposa não teriam sido envenenadas. Em relação a mulher, o delegado informou que não foram coletadas amostras porque ela disse que não se alimentou da comida.


Caso dos cajus é reaberto


O delegado Abimael Silva agora também preside o inquérito policial sobre a morte dos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, 8, e João Miguel da Silva, 7. As crianças- que pertencem ao mesmo núcleo familiar e são filhas de Francisca Maria- foram envenenadas em agosto de 2024.


O caso teve uma reviravolta esta semana e passou a ser presidido pelo delegado que também está á frente da investigação do envenenamento coletivo. Uma vizinha que foi presa, dias após o crime, suspeita de dar cajus envenenados, foi solta porque exames realizados na fruta não confirmaram a presença de veneno. Os resultados só saíram agora.


Sobre o caso, Abimael Silva se limitou a informar que estão sendo realizadas novas diligências a pedido do Ministério Público.


Fonte: CidadeVerde.com

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