Materia; Portal do Águia
A situação do trânsito em Parnaíba, segunda maior cidade do Piauí, tem gerado crescente preocupação entre moradores e autoridades. A imprudência de motociclistas, somada à falta de fiscalização efetiva, vem contribuindo para um cenário cada vez mais perigoso nas ruas e avenidas da cidade.
Nossa reportagem tem flagrado com frequência motociclistas desrespeitando as leis de trânsito: avanço de sinal vermelho, manobras arriscadas sobre calçadas e canteiros centrais, além do uso indevido de passarelas, que são exclusivas para pedestres. Em algumas situações, até mototaxistas — que deveriam atuar como exemplo — têm sido flagrados cometendo infrações.
Outro problema grave é a circulação de motocicletas conduzidas por pessoas sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Estima-se que a maioria dos condutores de motos na cidade não possui o documento obrigatório, o que aumenta consideravelmente o risco de acidentes fatais.
O reflexo desse descaso se revela em estatísticas preocupantes: grande parte das mortes no trânsito em Parnaíba envolve motocicletas. Em muitos desses casos, as vítimas estavam sem capacete ou trafegavam em condições irregulares — como o transporte de até quatro pessoas em uma única moto, prática comum em vários bairros da cidade.
A população cobra uma atuação mais firme das autoridades de trânsito. “É preciso fiscalização nos quatro cantos da cidade. Não dá mais para conviver com essa bagunça. O trânsito virou terra sem lei”, desabafa um morador da região central.
Apesar de ser um dos destinos turísticos mais importantes do estado, Parnaíba enfrenta um verdadeiro caos urbano, resultado da falta de organização e controle viário. Moradores clamam por ações urgentes da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), da 2ª Companhia Independente de Trânsito da Polícia Militar (CITRAN) e da Guarda Civil Municipal.
Parnaíba, conhecida por sua beleza natural e história rica, pede um basta à imprudência que vem tirando vidas e comprometendo o bem-estar da população. A cidade precisa de um trânsito mais seguro, humanizado e fiscalizado.
A pergunta que fica é: até quando as autoridades vão permitir que essa situação continue?
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