Feliz, Barrichello prega humildade em ano de estreia e pede dicas a Kanaan: "tem muito a aprender"
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Mesmo após 19 temporadas consecutivas na Fórmula 1, Rubens Barrichello vive uma fase de novato - ou "rookie", expressão da língua inglesa que ele usa para se autodefinir. O veterano piloto, 39 anos, confirmou contrato para defender a KV Racing na Fórmula Indy em 2012 e se prepara para encarar uma série de desafios inéditos.
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Barrichello, que reafirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira que esperava completar "25 anos" na F1 e então provavelmente se aposentar, e não viver experiências tão novas nesta altura da carreira.
Com o apoio dos filhos, Eduardo e Fernando, ele conseguiu driblar a desconfiança da mulher, Silvana, e disputará o calendário completo da categoria americana, que inclui cinco das 16 etapas em circuitos ovais: Indianápolis, Texas, Milwaukee, Iowa e Fontana. O piloto admite não ter nenhum conhecimento nesse tipo de pista - esse é seu primeiro grande desafio nos Estados Unidos.
Mas as dificuldades não param por aí: Barrichello terá de se adaptar, por exemplo, aos motores 2,4 l V-6 (6 cilindros), limitados a 12 mil rotações por minuto e produzidos pela Chevrolet para a KV; na Williams, em 2011, ele utilizava um Cosworth 2,4 l V-8 que chegava a 18 mil giros.
Rubinho também reconhece não estar acostumado a utilizar os pneus frios, visto que na F1 são usadas mantas térmicas para aquecê-los, e a fazer largadas em movimento. Outros dois pontos nos quais ele precisa evoluir de olho no novo campeonato.
A estreia de Barrichello na Indy acontecerá em 25 de março, no circuito de rua de São Petersburgo, na Flórida. Antes, ele terá a oportunidade de testar o carro em mais duas oportunidades - já participou de sessões em Sebring e Sonoma. Tão importantes quanto esses trabalhos serão as dicas de Tony Kanaan, campeão da Indy em 2004, que confia até nas chances de título do companheiro de equipe em seu primeiro ano na categoria.
O recordista de Grandes Prêmios disputados na história da F1, porém, é mais cauteloso. "Tenho muito a apreender, mais do que tudo eu venho para somar. Todo mundo sabe que eu sou macaco de pista, gosto de trabalhar em cima do carro, e meu objetivo é mudar realmente o patamar da equipe. Eu sou muito competitivo; não entro simplesmente pela brincadeira, mas entro com os pés no chão".
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