A Fundação SOS Mata Atlântica anunciou, em 20 de dezembro de 2012, os
projetos beneficiados pelo V Edital do programa Costa Atlântica. Os sete
projetos escolhidos receberão, ao todo, 225 mil reais para
desenvolverem ações enquadradas nas duas linhas de apoio do programa:
“Criação e Consolidação de Unidades de Conservação Marinhas” e
“Conservação e Uso Sustentável de Ambientes Marinhos e Costeiros”.
Dos sete projetos selecionados, um é do Piauí: o “Projeto Ilha Verde”,
da Comissão Ilha Ativa, visa fortalecer as comunidades agroextrativistas
da Ilha Grande de Santa Isabel, por meio da recuperação e preservação
dos recursos naturais do território. Para isso, a Comissão Ilha Ativa
conta com os esforços da sociedade, por meio do incentivo ao
desenvolvimento de atividades alternativas geradora de renda e de
práticas sustentáveis.
O projeto pretende elaborar três manuais de boas práticas com os
principais recursos naturais explorados nas áreas do cajuí, murici e
carnaúba. Com isso, a Comissão Ilha Ativa pretende planejar e acompanhar
as atividades de produção das organizações e incentivar práticas
agroecológicas, por meio de implantação de quintais produtivos e de
viveiro de mudas para o reflorestamento.
De acordo com Flávio Luiz Simões, coordenador de práticas sustentáveis
da Comissão Ilha Ativa, o projeto Ilha Verde será o ponto de partida
para que atividades sustentáveis de geração de renda possam ser
desenvolvidas pelos beneficiados e, posteriormente, replicado a outros
moradores do território. “Para o desenvolvimento dessa região o projeto
pretende, por meio de práticas agroecológicas, valorizar e preservar os
recursos naturais, bem como, a introdução de técnicas de agriculturas
para obtenção de alimentos seguros”, destaca ele.
Com o resultado do V Edital do Programa Costa Atlântica, o Piauí passa a
ter dois projetos da Comissão Ilha Ativa apoiados pela Fundação SOS
Mata Atlântica. O primeiro projeto, contemplado pelo IV edital, contou
com a elaboração de um diagnóstico da realidade extrativista e das
populações tradicionais, que passaram a conviver com um aumento do fluxo
turístico de potencial impacto para o ambiente em que vivem, na região
da RESEX do Cajuí em conjunto a RESEX Marinha do Delta do Parnaíba.
Histórico do Programa
O Programa Costa Atlântica surgiu para apoiar o poder público e as
demais organizações na ampliação da representatividade das Unidades de
Conservação Marinha no Brasil e contribuir com a conservação da
biodiversidade, a manutenção do equilíbrio ambiental, a integridade dos
patrimônios naturais, históricos e culturais e o desenvolvimento
sustentável dos territórios costeiros e marinhos.
O Programa é constituído por dois Fundos, o Fundo Costa Atlântica e o
Fundo Pró-Unidades de Conservação Marinhas. O Fundo Costa Atlântica
apoia projetos que visam o desenvolvimento regional na zona costeira,
incentivando novos negócios e atividades sustentáveis de forma a
promover a melhoria na qualidade de vida das comunidades locais. Já o
Fundo Pró-Unidades de Conservação Marinhas é um fundo de perpetuidade
que tem como objetivo garantir a proteção, gestão e sustentabilidade das
áreas marinhas protegidas existentes. Eles foram estabelecidos, em
parceria com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), para beneficiar a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas
(RN), a Estação Ecológica da Guanabara (RJ), a Área de Proteção
Ambiental da Costa dos Corais (PE/AL) – em parceria com a Fundação
Toyota do Brasil – e o Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas
Cagarras (RJ), com o apoio do Bradesco Cartões.
O Programa Costa Atlântica completou 6 anos em 2012, e já destinou mais
de R$ 1, 8 milhões de reais a 19 projetos selecionados e desenvolvidos
em diversos Estados brasileiros acumulando resultados significativos. Já
foram 16 Unidades de Conservação (UCs) em nove Estados brasileiros (RN,
CE, PI, PE, BA, ES, RJ, SP, SC), em mais de 1 milhão de hectares de
áreas marinhas protegidas beneficiadas.
Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica
Criada em 1986, a Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização privada
sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da
diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e ecossistemas
sob sua influência. Assim, estimula ações para o desenvolvimento
sustentável, promove a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica,
mobiliza, capacita e incentiva o exercício da cidadania socioambiental.
A Fundação desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de
dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do Bioma,
campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas
de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado,
desenvolvimento sustentável, proteção e manejo de ecossistemas. Mais
informações em www.sosma.org.br.
Fonte/comissaoilhaativa.org.br.
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