sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Suspeito de envenenar família em Parnaíba tem prisão temporária mantida

Durante a audiência de custódia, o indivíduo negou as acusações e disse que "amava" as crianças




Gabriel Bonfim

Francisco de Assis Pereira da Costa, suspeito de envenenar e matar membros da família em Parnaíba, teve sua prisão temporária mantida após audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (09/01). Na presença do juiz, o indivíduo negou as acusações e relatou trabalhar a cerca de cinco anos como funcionário público na Prefeitura de Parnaíba.


A decisão foi assinada pelo juiz substituto da Central de Inquéritos de Parnaíba, Fernando José Alves da Silva, que destacou a legalidade da prisão, tanto em relação aos prazos estabelecidos pela lei quanto pela ausência de indícios de tortura ou maus-tratos.


Ainda na audiência, Francisco foi questionado de forma padrão se havia sido ameaçado ou agredido durante o trajeto do local onde foi preso até a delegacia. O suspeito alegou que não, porém informou que se sentiu incomodado com a presença da imprensa que esteve na unidade prisional para o entrevistar.


“Fiquei chateado porque os repórteres chegaram filmando e perguntando o porquê que tinha feito aquilo e não tinha prova”, relatou o suspeito.


As investigações apontam que o suspeito envenenou a própria família no dia 1º de janeiro, utilizando inseticida no arroz consumido durante o almoço. O crime resultou na morte de quatro pessoas: dois enteados do suspeito, Francisca Maria e Manoel Leandro, e as filhas de Francisca Maria, Igno Davi, de 1 ano, e Lauane da Silva, de 3 anos.


Segundo a polícia, Francisco de Assis tinha uma relação conturbada com a enteada Francisca Maria, o que pode ter motivado os crimes. O suspeito, no entanto, nega as acusações, afirmando que “amava” as crianças como se fossem seus próprios filhos.


Além das vítimas fatais, outras pessoas que participaram do almoço também passaram mal. Uma irmã de Francisca Maria, uma amiga da família e o filho dessa amiga chegaram a ser hospitalizados, mas já receberam alta. Entretanto, uma criança de três anos, filha de Francisca Maria, permanece internada em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

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