A revista Piauí revelou novos detalhes sobre o caso que investiga a venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Piauí, envolvendo o desembargador James Pereira e sua filha, a advogada Lia Rachel. Segundo o depoimento de um assessor, nem sempre o pagamento era em dinheiro às vezes, o preço era político. Num dos bilhetes apreendidos pela Polícia Federal, Lia Rachel escreveu: “Segurar o caso do Edilson Sérvulo até março. Foi pedido do deputado Georgiano.”

O processo tratava da cassação do prefeito de Barras, Edilson Capote (PSD), e a ordem era para deixar o caso parado. O assessor confirmou que apenas cumpriu o pedido. O episódio reforça a velha suspeita de que a influência política no Piauí não se limita aos palanques também atravessa gabinetes, despachos e decisões judiciais. E há quem diga que essa mesma interferência começa a se refletir em investigações policiais. Nos próximos dias, uma bomba de conveniência e blindagem pode estourar.
(Silas Freire)
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