
Os deputados “machos” do Piauí que são cúmplices do estupro
A votação de ontem na Câmara dos Deputados sobre o Projeto de Lei (PL) 1904/2024 representa um retrocesso alarmante e uma demonstração de crueldade institucionalizada, especialmente contra meninas vítimas de estupro. Enquanto o Senado avançava em pautas de interesse social, a Câmara optou por aprofundar o sofrimento infantil, equiparando o aborto legal após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, com penas que podem chegar a 20 anos, superiores inclusive à do crime de estupro.
Essa medida, aprovada com 317 votos favoráveis ao regime de urgência, não é defesa da vida, mas sim violência de Estado. Ela cria obstáculos intransponíveis e empurra garotas, muitas delas crianças e adolescentes desesperadas e traumatizadas, para métodos perigosos e ilegais de interrupção da gravidez. A proposta desconsidera a legislação atual, que permite o aborto legal em casos de estupro sem limite de idade gestacional, e impõe uma pena desproporcional à vítima.
O que se viu na Câmara foi uma clara manobra política, uma resposta rasteira e eleitoreira a debates do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ampliação do direito ao aborto. Para “bater no tribunal” e fazer média com bases conservadoras, parlamentares jogam com a vida e a saúde mental de meninas e mulheres vulneráveis. É uma troca inaceitável de capital político por sofrimento humano. Que o Senado e o STF barrem esta estupidez e impeçam que o Brasil retroceda em direitos humanos básicos.
A Votação da Bancada Piauiense
Da bancada de 10 deputados federais do Piauí, seis votaram “sim” pela aprovação do regime de urgência do PL 1904/2024, que permite que o projeto seja votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas. Os deputados piauienses que optaram por aprofundar este retrocesso foram:
Átila Lira (PP)
Júlio Arcoverde (PP)
Marcos Aurélio (PSD)
Castro Neto (PSD)
Júlio César (PSD)
Jadyel Alencar (Republicanos)
Do blog do B Silva
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