DEBATE DA TV marcado por críticas de Silvio à própria MN

No terceiro debate promovido pela TV Meio Norte, nesta quinta-feira (23/09) os principais candidatos ao governo do Piauí voltaram a se enfrentar com críticas mútuas e um deles foi adiante – Sílvio Mendes (PSDB) criticou também a participação do sistema de comunicação Meio Norte em favor da campanha do seu adversário Wilson Martins (PSB).

Ele disse que tem sofrido críticas injustas feitas contra sua campanha e também contra sua administração na prefeitura de Teresina que visam tão somente tentativa de desqualificar sua candidatura junto ao eleitorado. No seu entendimento, o meio de comunicação deveria se manter neutro na disputa, no entanto faz abertamente a campanha em favor do seu adversário que está no governo, um comportamento que atenta contra o princípio da igualdade de direitos e oportunidades na mídia televisiva, principalmente, que é uma concessão pública atribuída para grupo empresarial e que portanto deve obedecer regras legais.

ATAQUES AO GOVERNO
O candidato tucano também atacou o governo do estado. Ele disse que a gestão estadual tenta passar ilusões para a população sobre obras inexistentes e lamentou o grande volume de obras inacabadas diante da grande quantidade de recursos que foi repassada para o estado ao longo dos últimos sete anos, oito meses e alguns dias. O governador Wilson Martins reafirmou que o atual governo tem compromisso com os mais pobres e que desde 2003 vem realizando um trabalho de melhoria na qualidade de vida dos menos favorecidos. Ele usou excessivamente o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Wellington Dias, que teriam sido responsáveis por uma grande transformação na administração pública brasileira e piauiense.

Para Martins, a vida do piauiense mudou muito desde 2003, citando melhoria nos índices de educação, emprego, estradas e energia elétrica. No momento em que o governador manifestou seus posicionamentos a educação estadual está em greve. Os professores reclamam de não cumprimento dos seus direitos por parte do governo do estado. Ele disse que muitos saíram da linha de miséria graças ao Bolsa Família e que os deficientes tiveram uma inclusão efetiva ao contrário do que acontecia antes. Wilson Martins criticou o governo de Fernando Henrique Cardoso do qual fez parte durante oito anos. Ele também atacou a administração do PSDB na prefeitura de Teresina, que teria legado muitas obras inacabadas à sociedade teresinense, citando como exemplo o complexo Lagoas do Norte.

JVC E WILSÃO BRIGARAM
O candidato João Vicente Claudino (PTB) promoveu ainda uma briga feia com Wilson Martins (PSB). Ele critcou o peesebista por conta do PAC. "Os números não são esses que o Governo apresenta", disse JVC. "O senhor é rico, nunca pagou uma conta na vida", rebateu Wilsão. falou que os piauienses da região sul estão abandonados e que a maioria nem se sente piauiense porque resolve seus negócios e problemas de saúde em estados como Bahia e Pernambuco. Ele falou também que as mulheres no interior estão se sentindo sozinhas porque seus maridos estão em viagem de trabalho para os grandes centros e demoram muito a voltar para casa porque não existe oportunidade efetiva de sobrevivência ou crescimento no Piauí. O candidato promete, se eleito, mudar essa realidade.

João Vicente afirmou que a saúde pública do Piauí está imersa no caos. Os hospitais não garantem atendimento para as necessidades mínimas da população. Teresa Britto (PV) foi incisiva quando disse que não mudou muita coisa na vida do piauiense e que praticamente todas as ações de melhoria foram implementadas pelo governo federal. No seu entender, a contribuição do estado foi mínima. Citou em especial a educação e disse que as escolas públicas em sua maioria estão sucateadas, os professores estão sendo sacrificados por excessivas jornadas e baixa remuneração e o governo sabe apenas fazer propaganda do que não existe. Romualdo Brazil (PSOL) disse que o setor primário está abandonado. Ele criticou o excesso de assistencialismo e disse que isso não contribui para libertar as pessoas, tornando-as apenas “escravas” de um sistema de poder. “O que pregamos é investimento na independência do cidadão, para que ele possa produzir e viver por sua própria conta.”