sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Caso Fernanda Lages: Namorado nega versão de amigas e polícia identifica autor de mensagem

Convocado para novo depoimento depois que amigas íntimas de Fernanda Lages Veras disseram que ela havia rompido o namoro que mantinha há 10 meses, o comerciário paulista de São Bernardo do Campo Pablo Bruno Vital, 19 anos, sustentou a revelação inicial que fez a ao delegado Mamede Rodrigues, afirmando que quem acabou o relacionamento foi ele porque a garota "bebia e saia muito".

Confirmou ter estado com Fernanda cerca de 21 horas do dia 24 de agosto, véspera da morte, no estacionamento da Novaunesc, quando ela lhe pediu para reatar e que tivesse paciência porque pretendia mudar.

A polícia também identificou o autor da mensagem que foi passada às 7h03min da quinta-feira, dia 25, pouco depois da estudante ter sido encontrada morta no prédio em acabamento do Ministério Público Federal.

Apesar de abatido, o comerciário, que segundo levantamentos da polícia havia declarado várias vezes que amava a garota, não caiu em contradição, sustentando que naquela noite, depois de conversar com a ex-namorada, foi para sua casa, localizada na rua Firmino Pires, no centro de Teresina.

Autor da mensagem Considerada "debochativa" no inicio da investigação, a mensagem passada para um dos celulares de Fernanda ("foi embora meu amozinho") teve sua autoria identificada: um rapaz conhecido como Ricardo esteve ontem na sede da comissão que investiga o crime organizado, na zona sul de Teresina, e admitiu ser o autor do texto que deixou a polícia e muita gente intrigada durante vários dias.

Ricardo disse que era amigo de Fernanda, que gostava muito dela e se colocou à disposição para ajudar nas investigações.O delegado Paulo Nogueira, que comanda as investigações, deverá chamá-lo novamente nos próximos dias, procedimento que tem adotado toda vez que há discrepância entre as pessoas que estão sob observação.

Quanto ao teor da mensagem, o rapaz disse ter sido uma maneira carinhosa de lamentar a ausência da moça no ambiente em que eles haviam estado com vários outros amigos.

Daniel SaidOs investigadores ouviram pela segunda vez Daniel Said, um rapaz que mora no bairro Aeroporto, que esteve na boate Cenário na madrugada de quinta-feira, dia 25 de agosto, e que foi ao "Bar do Pernambuco", onde voltou a ver Fernanda, sem ter contato com ela nesta ocasião, e sim quando voltou de uma incursão à avenida Boa Esperança, no bairro São Joaquim, onde existe um conhecido ponto de encontro. Ele admitiu ter voltado e se despedido de Fernanda Lages à porta do carro dela.

A exemplo de outras pessoas, Daniel, que não é considerado um suspeito em potencial, deve voltar a prestar esclarecimentos perante o delegado Paulo Nogueira.VigilanteOntem, quinta-feira, foi "um dia puxado nas investigações". Seis pessoas foram ouvidas.

O depoimento mais longo foi do vigilante Edson, da Servisan, que fazia a segurança em toda a área do prédio do Ministério Público Federal desde às 6 horas da noite de quarta-feira, dia 24, até às 6 horas da quinta, dia 25.

Durante 3 horas de perguntas e pequenos intervalos, Edson sustentou não ter visto nem ouvido nada.O vigia da construção do TRT, pela qual Fernanda deve ter passado ( sozinha ou acompanhada) para alcançar o prédio do MPF, foi novamente ouvido. Domingos Pereira da Silva Santos, de 54 anos, continua com dificuldades para garantir se com a garota havia alguém.

Escrito por Feitosa Costa em 09/09/2011 às 07h01

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