segunda-feira, 8 de abril de 2013

TCE-PI está monitorando prefeituras e contratos superfaturados com empresas de coleta de lixo


O Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público do Estado e o Ministério Público do Trabalho estão mo-nitorando as prefeituras piauienses que estão renovando contratos sem licitação, ou com licitações duvidosas, com empresas de coleta de lixo. A investigação envolve principalmente as prefeituras com decreto de situação de emergência em decorrência da seca e de despesas e outras irregularidades nas finanças, deixadas pelas administrações que se encerraram em dezembro do ano passado.

Os órgãos de controle e fiscalização apuram se os contratos envolvem valores superfaturados e sem o devido recolhimento de impostos e descumprindo a legislação trabalhista. O conselheiro Kennedy Barros, do TCE-PI, confirmou que o órgão vem monitorando alguns municípios e instruindo processos, por conta de indícios de irregularidades. "Na verdade, existe uma diversidade de apurações com relação à prestação do serviço, ao próprio serviço, ao pagamento dos trabalhadores, se são pagos os direitos trabalhistas e a situação e valores dos contratos", explicou. 
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1
Descrição: Presidente do TCE, Kennedy Barros(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)
Kennedy Barros

Segundo ele, as inspeções estão sendo feitas in loco. A parceria entre TCE, Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho vem desde a gestão passada, quando se apurou contratos suspeitos para coleta de lixo em vários municípios. Descobriu-se um esquema entre empresas e prefeituras que superfaturavam o valor, não prestavam o serviço, usavam notas fiscais frias e ainda dividiam o dinheiro público. Esse mesmo esquema estaria operando novamente em alguns municípios, e agora com mais facilidade acobertados pelos decretos de emergência, que dispensam a licitação e a concorrência entre empresas para prestação do serviço.

Agora, os órgãos de controle e fiscalização estão mapeando os municípios e solicitando que todos os gestores informem os contratos, os servidores, mesmo que terceirizados, e dê a comprovação do serviço, além do recolhimento dos direitos trabalhistas dos servidores e contratos com FGTS, INSS e o uso de equipamento de proteção individual.

O mapeamento ainda observa se o serviço foi realmente realizado, se foi feita licitação ou se os contratos seguem as normas legais. "Estamos buscando a verdade fática com a inspeção in loco. Vendo se o serviço foi prestado ou é só documento. Se a nota foi apresentada somente para justificar a despesa. Queremos comprovar a execução e o pagamento, se tudo está em ordem", explicou o conselheiro Kennedy Barros.

A ação conjunta analisa vários aspectos da prestação do serviço e do uso do dinheiro público. "Nesta fase ainda se coleta informações. Ver se o preço do serviço foi majorado ou se existem outras falhas. Vamos ver se cumprem a legislação trabalhista. Se pagam insalubridade aos servidores ou se estão apenas juntando documentos para comprovar um serviço que nem está sendo prestado. Ou se estão surrupiando o dinheiro público. Tudo isso está sendo monitorado", informou Kennedy Barros.

*Com informações do Diário do Povo.

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