Vereador Bernardo Rocha diz que o Prefeito Florentino Neto está perdido

“Quando o Prefeito apresenta um projeto desses (que modifica o estatuto da EMPA) demonstra que está perdido, de mãos atadas”. A avaliação é do vereador de oposição, Bernardo Rocha, durante as discussões do Projeto aprovado esta semana na Câmara, ampliando o campo de atuação da EMPA(Empresa que administra os mercados), alterando seus estatutos, permitindo-lhe executar obras de engenharia na área da construção civil.

Ele citou algumas paralisadas no município e outras por realizar, como, por exemplo: o matadouro municipal, obras do mercado do Bairro de Fátima, o estádio municipal, os remendos feitos na Avenida Batista Silva (Rosápolis), terminal rodoviário, escolas públicas e Unidades Básicas de Saúde, dentre outras. “Não vou questionar a administração da EMPA, que é uma empresa criada para administrar mercados, mas será que os mercados estão bem administrados? Vamos olhar o Mercado da Rua Caramuru, o do Bairro de Fátima...a EMPA vai atuar agora em obras de engenharia” – questiona Bernardo Rocha. Para ele, com este projeto o prefeito Florentino Neto tira todas as atribuições da Secretaria de Infraestrutura.

Vereadores que apoiam a administração municipal defendem que a culpa das obras paradas é das empreiteiras que participam de licitações sem estrutura mínima, sequer a financeira, e terminam por alterando o projeto original, o que ocasiona as paralisações. Segundo esses vereadores, com as modificações que serão feitas no estatuto da EMPA muitas obras serão concluídas por ela, sem precisar de licitações.

Para o vereador Rodney Spíndola, o problema não são apenas as licitações. “Os donos de empresas que trabalham para a Prefeitura reclamam das dificuldades que enfrentam para receberem seus pagamentos. Quem já recebeu calote não quer mais prestar serviços para o município”, disse. O vereador Antônio Cardoso (PT) em resposta afirmou que ninguém mais, atualmente, presta serviços à Prefeitura sem receber seus pagamentos. E se alguém já trabalhou e não recebeu, é coisa do passado.
Fonte:Jornal "Tribuna do Litoral"