domingo, 27 de julho de 2014

"O segundo mandato de Wellington foi horrível para os servidores públicos", critica Rogaciano Veloso

O diretor da Associação Geral do Pessoal Penitenciário do Estado do Piauí comentou as críticas trocadas pelos partidos políticos e seus candidatos ao governo do Estado nos últimos dias.

NEHEMIAS LIMA, DO GP1

diretor da Associação Geral do Pessoal Penitenciário do Estado do Piauí (AGEPEN-PI), Rogaciano Veloso, comentou as críticas trocadas pelos partidos políticos e seus candidatos ao governo do Estado, nos últimos dias, sobre a valorização do servidor público.

Rogaciano Veloso disse ao GP1 que no primeiro mandato do ex-governador Wellington Dias "as coisas fluíram". Já no segundo mandato "houve o desfazimento daquilo que foi concedido no primeiro", avaliou o sindicalista.

De acordo com Rogaciano, Wellington Dias, ainda no primeiro mandato, implantou o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos agentes penitenciários do Estado, mas no segundo mandato, por meio da então secretária de administração, Regina Sousa, retirou os cursosde aperfeiçoamento dos agentes penitenciários.

“O Wellington Dias realmente implantou nosso plano de cargos, carreiras e salário, mas o seu segundo mandato deixou muito a desejar. Ele retirou nossos cursos de capacitação, o que aumentava um pouco no nosso salário. Mas, o segundo mandato de Wellington foi horrível para os servidores públicos”, disse o diretor da AGEPEN-PI.
Imagem: DivulgaçãoRogaciano Veloso, diretor da AGEPEN-PI.(Imagem:Divulgação)Rogaciano Veloso, diretor da AGEPEN-PI.

Retorno dos cursos

Rogaciano Veloso disse que os referidos cursos de capacitação deverão voltar ainda no governo de Zé Filho.
“ A Agepen procurou o deputado Evaldo Gomes e ele elaborou um projeto de lei que já saiu da Assembleia Legislativa e eu tive conhecimento que já está no Palácio do Karnak, para sanção do governador. Ou seja, será um benefício que nos foi tirado no passado, mas que poderá voltar para nós através do atual governo. Inclusive esses cursos eram recomendados pelo Ministério da Justiça.”

Crítica

"Um outro fator negativo do governo do Wellington Dias foi o fato de que na época, foi aplicada uma lei que mudou os cálculos do nosso adicional noturno e extraordinário e diminuiu sensivelmente o nosso salário, e todos nós, agentes penitenciários, sentimos muito no bolso", esclareceu Rogaciano Veloso.

Rogaciano destacou ainda a greve dos agentes penitenciários, ocorrida  durante o governo de Wellington Dias

"Quando nós deflagramos a greve, a primeira coisa que o então governador fez, antes de uma primeira negociação, foi acusar a ilegalidade da greve no Tribunal de Justiça. Antes de ao menos conversar com a gente, ele acusou a ilegalidade da nossa greve e não nos ouviu."

O diretor da AGEPEN-PI comparou ainda os movimentos grevistas durante os governos que sucederam a gestão do atual candidato do PT.

"Enquanto os outros governadores aceitavam a greve, negociavam, conversavam com a gente e permitiram o movimento grevista, o Wellington Dias colocava a Polícia e outros comandos para trabalharem no nosso lugar, e então eles realizavam o nosso trabalho, acompanhando as visitas, e advogados, por exemplo", disse Rogaciano.

Segundo  Rogaciano, quando os agentes penitenciários realizam greve, todas as atividades ficam suspensas, tais como visitas de parentes e de advogados e as audiências também ficam suspensas até o término da greve. Apenas cuidados médicos são realizados.

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