O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, estará em Brasília no dia 11 de abril para audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em Brasília. Será a primeira vez que ele visita o país após o mal-estar criado pela polêmica frase de que o Brasil merecia "um chute no traseiro" pelo atraso nas obras para a Copa-2014.
Convidado pelo Senado, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, indicou o secretário como substituto. Ele dividirá a mesa com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, um dos que mais criticaram a entrevista de Valcke à imprensa francesa no mês passado. Também devem participar da sessão outros dirigentes da Fifa e do futebol brasileiro.
Depois do incidente, a Fifa chegou a suspender uma visita que Valcke faria ao Brasil. Em seu lugar veio Blatter, que conseguiu se reunir com a presidente Dilma Rousseff e pediu publicamente desculpas pelo caso, em nota oficial.
O secretário-geral é o cargo mais importante abaixo do presidente na Fifa e, historicamente, é o representante da entidade nas organizações dos Mundiais.
Valcke, porém, terá outro questão política para resolver. Na sexta-feira, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reagiu a críticas de Blatter. No mesmo dia, em Zurique, o dirigente disse que "a bola está no campo deles agora para jogar. Queremos atos, e não mais só palavras".
A resposta da ministra foi dura. "Eu acho que o Brasil está fazendo o que deve fazer. Eu gosto mais da maneira como o COI [Comitê Olímpico Internacional] lida com o Brasil em relação às Olimpíadas. Vem aqui, discute conosco o andamento, os problemas, as boas situações e trabalha para resolver os problemas, e também não fica usando palavras demais", afirmou.
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